O Senado deu um passo hoje (22) para regulamentar as profissões de transcritores e revisores de textos em braille - sistema de escrita em relevo que permite o acesso de deficientes visuais e auditivos à leitura e à comunicação. Projeto de lei que prevê a medida foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais e agora será remetido à apreciação da Câmara dos Deputados.
“Os livros sonoros e a informática são importantes, mas não substituem o
sistema braile tradicional, que é um modelo lógico, simples e polivalente,
adaptável a todas as línguas e a todas as espécies de grafia”, destacou a
relatora Angela Portela (PT-RR).
O Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
constatou que havia 45,6 milhões de pessoas com deficiências visual, auditiva,
motora e mental – o que representa 23,9% da população.
Para a redatora, a regulamentação dos revisores e transcritores desse tipo de
leitura vai estimular a profissionalização. “Em última instância, o conhecimento
e a cidadania das pessoas com deficiência visual estão diretamente vinculados
aos produtos culturais colocados à disposição com o uso da técnica.”
Fonte: Agência Brasil