Os pronomes relativos “onde” e “em que” tem a mesma função: a de se referir a um lugar permanente. Veja alguns exemplos:
A casa onde (ou “em que”) moro é muito antiga.
São Paulo é a cidade onde (ou “em que”) gostaria de morar.
Percebe-se que “casa” e “cidade” são lugares permanentes, ou seja, não irão sair do lugar, continuarão no mesmo ponto.
Até aqui, não há segredo algum. O problema é quando usam o pronome “onde” para se referir a coisas que não sejam lugares permanentes. Observe este exemplo.
Nos casos onde ocorre pressão do governo, não houve decisão alguma.
Nesta oração, o pronome “onde” se refere a “Nos casos”, e esta expressão não indica lugar. Então, neste caso, em vez de “onde”, usa-se “em que”: Nos casos em que ocorre pressão do governo, não houve decisão alguma.
Vejam outro exemplo:
É importante destacar as atividades onde a preocupação social, religiosa e cultural alcança grande relevância.
O pronome relativo “onde” se refere a “atividades”, palavra que não indica lugar algum. O correto seria substituir esse pronome pelo seu equivalente: “em que”: É importante destacar as atividades em que a preocupação social, religiosa e cultural alcança grande relevância.
Portanto, quando utilizar o pronome “onde”, verifique se o termo a que se refere é um lugar; se não, utilize “em que”; assim, não haverá problema algum.
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