1 de março de 2010

Nomes próprios

O nome com que se designa “um antropônimo” é um nome próprio, que se identifica na escrita pela letra inicial maiúscula. A seguir, acompanhem estas regras para a escrita de nomes próprios:

1) Os nomes de cidadãos brasileiros, portugueses ou de qualquer parte do mundo de fala portuguesa compreendem três casos:
• Nomes legitimamente vernáculos: Filipe, Antônio, Luís, Osvaldo etc.
• Nomes aportuguesados: Ivã, Cátia, Jéferson, Vander etc.
• Nomes de registro civil, em forma vernácula: Washington, William, Shirley, Hans etc.

2) No caso de prenomes e nomes de personalidades brasileiras e portuguesas ainda vivas, deve-se respeitar a forma pela qual foram registradas: Lygia Fagundes Telles, Delfim Netto, Moacyr Scilar, Leyla Perrone-Moisés.

• Nomes de personagens já falecidas devem ser grafados na forma vernacular: Rui Barbosa, Prudente de Morais, Cruz e Souza.
• Nos casos de obras em que seja difícil verificar a grafia correta dos nomes, adote a forma vernacular.

3) Nomes estrangeiros não vernáculos, que têm correspondente vernáculo, compreendem também estes casos:

4) Nomes que devem ser obrigatoriamente traduzidos:
  • Papas e antipapas: João Paulo II, Bento XVI;
  • Santos e santas (caso haja correspondente em português): São Carlos Borromeu, São Tomás de Aquino, Santa Foy;
  • Personagens da história romana: Caio Júlio César, Caio Túlio Cícero, Públio Virgílio Maro;
  • Personagens bíblicas: Jacó, Abraão;
  • Personagens da história da Grécia antiga: Péricles, Filipe da Macedônia;
  • Personagens históricas relevantes (reis, príncipes, rainhas): Carlos V, Napoleão, Joana D’Arc, Jorge I, Maria Antonieta, Erasmo de Roterdam (mas, Elisabeth I, Abraham Lincol, Otto Von Bismarck);
  • Reformadores religiosos, fundadores de seitas e ordens religiosas, heresíacas: Martinho Lutero, João Hus, Inácio de Loioloa;
  • Algumas personagens de ficção artística ou literária, que se tenham tornado proverbiais ou populares: Dom Quixote, Júlio Verne;
  • Figuras da história ocidental até o Renascimento: Dante, Parecelso, Nicolau Copérnico (mas, Michelangelo, Johannes Kepler), Lourenço, o Magnífico (mas, Lorenzo de Medici).

 5) Nomes que não se devem traduzir:

 • Nomes de personagens históricas de pouca relevância: Jean de Léry;

 • Nomes de personagens de ficção literária: Célia Brideshead, Sonya Petrovna.

 • Nomes de chefes de Estado, soberanos, ministros de Estado, parlamentares, governadores, artistas de cinema, de televisão, cantores, dançarinos de renome, atletas profissionais, contemporâneos vivos etc.: Charles de Gaulle, David Beckham, George Clooney.


 6) No caso de transliteração de palavras não latinas (russo, chinês do japonês etc.) adotar a transliteração ou transcrição preferencialmente por intermédio do inglês e dos sistemas oficiais adotados.

 • No caso do russo, adotar o sistema de transliteração inglês,não acentuando nenhuma palavra e utilizando no lugar de: 
a) zh = j (Brezhenev – Brejnev)

b) ch – tch (Mikhailovich – Mikhailovitch)

c) oe = oie (Dostoevsky – Dostoievsky)

d) manter os kh, assim: Tchekhov


 7) Adotar os mesmos critérios para nomes de periódicos: O País, Jornal do Comércio, Folha de S. Paulo, Isto é/Senhor.

8) Plural – No geral, pluraliza os sobrenomens: os Cíceros, os Andradas, os Maias.

• Se o nome for duplo, apenas o primeiro termo varia: os Correias de Sá, os Casimiros de Abreu.

 • Não há flexão em nomes duplos que possuírem o “s” finald no primeiro termo: os Álvares de Azevedo, os Gonçalves Dias.

 • Também não há flexão em nomes nitidamente estrangeiros: os Wilson, os Goncourt.

9) As preposições que integram os sobrenomes estrangeiros serão grafadas em minúsculas, quando o nome da pessoa vier por completo. Miguel de La Madrid, Piero della Francesca, Ahmed bem Bella.

• Quando se escrever apenas o sobrenome, a primeira letra da partícula inicial vai em maiúscula: De La Madrid, Della Francesca.

Fontes: A revisão, o trabalho com o texto
            O livro: manual de preparação e revisão

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